quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bruxa das Brumas



Anualmente, próximo ao dia das bruxas, Kátia e os amigos Bruno, Alan e Alex decidiram aproveitar um “fim de semana de três dias” da universidade para cumprir uma promessa de acampar.
Havia uma floresta a poucos quilômetros da capital, entre as montanhas, que era famosa por suas brumas densas que afastavam as crianças e parecia o local perfeito para aquele evento.
Lá chegando, Bruno tratou de mostrar logo suas habilidades de pescador e ensinou muitas coisas aos outros dois novatos. Alan era o típico palhaço que não levava nada a sério. Kátia sabia tudo sobre sobrevivência na floresta e Alex era o mais jovem do grupo, que só havia concordado em ir porque tinha uma queda por Kátia, a mais madura do grupo. Passaram o dia a pescar, acampar e se divertir. Quando anoiteceu Kátia esquentou uma panela de sopa na fogueira e resolveram aproveitar as chamas bruxelantes para contar histórias de terror. A certa altura todos estavam visivelmente desconfortáveis.
- Vocês já ouviram aquela da bruxa das brumas? Kátia começou a certa altura.
- Aconteceu há quase 200 anos exatamente nessa floresta aqui. Uma bruxa se disfarçava de vizinha bondosa e cozinhava bolos e doces para as pessoas da vila que era pouco distante da floresta. Certo dia uma sequência de desaparecimentos dos homens da vila começou, coincidentemente todos pareciam envolver as pessoas entrando na floresta. Os habitantes começaram a ficar nervosos e lentamente paranoicos até um dia em que alguém correu gritando insanamente pela vila que viu a velha senhora próxima ao poço da cidade parecendo derramar algo na água. Revoltados, os moradores pegaram em armas e invadiram a floresta para caçar a bruxa. Mas não contavam com uma coisa.
- C-com o quê? - Alex estava visivelmente mais nervoso que os demais
- As brumas que existem na floresta. Não são naturais, antigamente essa floresta não possuía bruma nenhuma, mas a bruxa a conjurou, usando o sangue e alma das pessoas que matou. A bruma não só escondia sua cabana como também trazia loucura a todos que a respirassem. No final da noite, perdidas na floresta, as pessoas que haviam vindo caçar a bruxa começaram a ouvir vozes e ver a velha, em sua loucura eles acabaram atacando e matando uns aos outros.
- Então a bruxa nunca foi pega?  
- É o que dizem. Nunca encontraram sua cabana. A lenda diz que ela ainda usa sua bruma para atrair e devorar pessoas tolas o bastante para entrarem na floresta.

Interrompendo o clima tenso Bruno riu. "Essa história de bruxa nunca poderia ser verdadeira". E Kátia rebateu "É a mais pura verdade, minha mãe me contou essa história várias vezes. Inclusive que o povo da cidade próxima esconde essa história por medo dela até hoje". A discussão ainda durou algum tempo.
Finalmente as histórias se esgotarem e todos continuaram a comer e tentar relaxar, mas Alex não se acalmou ao longo da noite, muito pelo contrário. Todos começaram a ficar preocupados quando ele começou a gritar histericamente apontando para o escuro.
- Vocês não viram isso se movendo? Ela estava bem ali! E-ela estava bem ali de braços abertos.
Alheio às risadas dos amigos, seus olhos estavam vidrados. “Não devíamos ter vindo aqui, n-nós não podíamos ter respirado essa bruma amaldiçoada.”
Mas ninguém havia visto nada.
- E-eu não estou mentindo, vi o rosto branco e enrugado dela entre aquelas árvores. E-eu não sabia da história, mas já tinha visto essa velha próxima ao poço quando era criança! Ela não me pegará, não vou deixar!
Urrando e atirando coisas na floresta, o jovem entrou em um surto violento. Os amigos não tiveram escolha a não ser amarrá-lo em uma cadeira ao lado do carro, amordaçado. Apenas seus olhos se reviravam psicoticamente.
“Fique quieto Alex, ou vou acabar tendo que amarrar você no carro com uma corda. O que deu em você? É o único dos meninos que surtou assim.”
A ameaça fez o jovem ficar quieto. Seus olhos agora estavam vidrados, estampados com puro terror. Ele continuou resmungando alguma coisa baixinho enquanto os demais de afastavam.
Havia algo estranho no ar. Os amigos começaram a ouvir uma movimentação estranha na floresta.
- D-devíamos investigar a origem disso de uma vez – Alan disse.
Não demorou muito e eles acabaram se perdendo do carro.
Inicialmente o mais calmo, Bruno passou a acreditar que havia algo de muito errado acontecendo. Não se ouvia animais na floresta. O ar estava pesado e o as árvores formavam sombras estranhas que pareciam dançar e rir. Depois de alguns minutos todo o grupo já estava aterrorizado vagando em meio à neblina.
Todos arregalaram os olhos quando viram uma cabana surgir pouco distante. E decidiram pedir por ajuda. Alan entrou primeiro na casa apenas para descobrir, completamente aterrorizado, punhados e punhados de grandes ossos espalhados pelas paredes. No escuro o rosto contorcido e perturbador de uma velha. Seu sorriso era sobrenaturalmente largo e ela olhava diretamente para ele com olhos fundos e negros.
Alan correu com cada músculo de seu corpo a gritar. Todos entraram em desespero e o acompanharam em pânico pela floresta, e não se separaram em momento nenhum.
Xingando e praguejando a plenos pulmões, Bruno viu o carro deles e quase chorou de alívio. Entraram nele mais rápido do que qualquer vez em suas vidas, dando a partida em completo pânico, sem olhar para trás.
Um nascer do sol vermelho se abriu após várias horas tensas. Os amigos começaram a se acalmar.
Repentinamente, Kátia levantou o rosto. Suas pupilas estavam completamente dilatadas.
- Bruno, onde está o Alex?
Bruno começou a falar lentamente com a face em puro horror.
- Eu amarrei ele com uma corda no carro... Como você mandou...
Atrás deles uma larga faixa vermelha havia surgido na estrada.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quatro Creepypastas Curtas de Pokemon 3

Trouxe a terceira parte das creepypastas de pokemon que procuro na net. Dessa vez com creepys também da quinta geração! Aproveitem.

Link para parte 1:

Link para parte 2:

Hypno’s Lullaby


Você nunca notou algo estranho no pokemon Hypno? Além das feições bem impróprias para um jogo infantil, existem na pokeagenda americana da primeira geração uma informação perturbadora.

"Ele carrega um dispositivo pendular. Uma vez esteve envolvido em um incidente em que levou uma criança hipnotizada."

Levou uma criança. Para fazer o que com ela?

Baseado nessa lenda surgiu a Hypno’s Lullaby, a canção de ninar de Hypno

Versão em português:

"Vamos crianças, venha comigo 
Segura e feliz, você será 
Longe de suas casas, agora vamos correr 
Com Hypno, você vai se divertir muito 

Ah, meninos, por favor não chore 
Hypno não machucaria uma mosca 
Ser livre, ser livre, ser livre, para jogar 
Desça na minha caverna e comigo fique 

Oh filhinhos, por favor, não se contorça 
Essas cordas, eu sei, vão te abraçar firme 
Hypno disse muitas coisas
Mas, infelizmente, Hypno mentiu para você 

Oh filhinhos, vocês não deviam deixar 
Sua família por você sofrerá 
Suas mentes irei desvendar as costuras 
Permitindo-me a assombrar seus sonhos 

Mas, certamente, todos vocês devem saber 
Já é hora de você ir 
Oh filhinhos, vocês não eram inteligentes 
Agora você deve ficar comigo para sempre. "


É conhecido o fato que Hypno se alimenta de sonhos e ataca pessoas distraídas. Então cuidado com o que você procura em seus pensamentos. Bons pesadelos.

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O que me tornei

“Onde estou, o-o que aconteceu comigo?
Eu não lembro de nada, estou vagando por essa caverna a tanto tempo. Não consigo achar a saída. Onde está meu rosto, por quê não sinto meu corpo direito?
U-uma luz? Tem alguém ali! Me ajude!
O-olhe! Este é meu rosto, vê? Esculpi nessa máscara com barro, eu sou humano c-como você.
Não, espere, por que está me atacando, o que eu fiz?

...

N-Não é justo, por que me tratam assim? Está tudo tão confuso... como fui chegar a esse ponto?

Eu não me lembro... espere... e-estão voltando... as lembranças... eu morri.

Agora me lembro, morri em um acidente. Isso é o além, é isso que nos aguarda depois da morte? O que eu me tornei? Não é justo, eu sou humano como vocês! Me ajudem! Socorro! Por que não me escutam? Eu preciso de ajuda”

White, por quê seu Yamask está tão agitado hoje? 


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A Era de Nascimento dos Lendários


A cada geração de pokemons um novo grupo de lendários é criado, certo? Bem... não tenha tanta certeza. Segundo uma teoria muito famosa na net alguns jogadores acreditam que todos os lendários de todos os continentes (Kanto, Johto, Hoenn, Sinnoh e Unova) estão conectados e foram criados cada um a seu propósito por Arceus, o deus do universo pokemon.
No começo, antes do universo nasceu o primeiro pokemon Arceus. Arceus criou três seres: Mew para ajudar a criar o universo, Dialga para controlar o tempo, Palkia para controlar o espaço.
Arceus também criou Giratina para levar a alma dos Pokémons mortos para o Mundo Inferior. Mas, por causa de sua agressividade, Giratina foi banido. Vive atualmente no Torn World.
Em Arceus and the Jewel of Life!, Palkia, Dialga e Giratina lutam juntos contra Arceus, um ato que ele vê como traição.
Arceus criou outros três seres: AzelfUxie e Mesprit que supostamente nasceram do mesmo ovo. Estes três Pokémons criaram o espírito. Azelf deu o desejo (força) aos humanos, Uxie deu a sabedoria aos humanos e Mesprit deu as emoções aos humanos.
O Deus Pokemon criou Groudon para criar e controlar a terra, Kyogre para criar e controlar a água e Rayquaza para criar e controlar o ar. Groudon e Kyogre,
 por serem massas opostas, entraram em uma grande batalha, quase destruindo tudo aquilo que criaram; então Rayquaza, para pôr um fim na batalha, desceu dos céus e adormeceu ambos. Supostamente, Rayquaza cria Regigigas após a batalha, e Regigigas passa sua alma para três corpos: RegirockRegice e Registeel.
Arceus deu origem a Heatran, que controla a lava; estado, seu jeito e seus fenômenos.
Ele deu origem a Cresselia, a qual ficou encarregada de controlar os sonhos, que é o oposto de Darkrai, responsável pelos pesadelos.
Criou, também, dois irmãos, conhecidos como Latias e Latios, para juntos serem os guardiões do infinito, isto é, das outras dimensões e Mundos Paralelos.
Arceus fez Celebi e Shaymin para juntos controlar e proteger a natureza. Há uma suposta relação entre Celebi, que pode viajar no tempo, e Dialga, criador e controlador do mesmo.
Arceus originou Lugia e Ho-Oh, como aves irmãs, para levarem a paz e a prosperidade aos humanos. Lugia morava numa torre e Ho-Oh em outra, todavia, estes Pokémons tinham uma rivalidade territorial, rivalidade que provoca uma batalha para ver quem cederia a localidade. Contudo, no meio da batalha, um raio incendiou a torre de Lugia, forçando-lhe a ceder seu território e a procurar uma nova morada: os mares. Para glorificar seu poder, Ho-Oh cria três Pokémons: Raikou (o raio que atingiu a torre), Entei (o fogo que foi gerado pelo raio) e Suicune (a chuva que apagou o fogo).
Lugia foi morar próximo a três ilhas que ficavam em volta de uma única e assim como Ho-Oh, para provar que tinha poder, criou três Pokémons: Articuno para a primeira ilha, o gelo; Zapdos, para a segunda ilha, o raio; e Moltres, o fogo, para terceira ilha.
Arceus criou Jirachi para ser a Estrela dos Desejos, ou seja, que ela fosse os sonhos e as esperanças dos humanos, trabalhando em conjunto com Azelf. Como esse é viajante do tempo também tem uma ligação com Palkia, criador e controlador deste.
Ele também gerou Manaphy para ser o Príncipe dos Mares, ou seja, controlá-los, junto de Lugia, que controla as correntes marítimas. Kyogre, criador dos mares, foi adormecido por Rayquaza.
Não há certeza sobre a origem de Deoxys, o guardião dos planetas..
MewtwoPhione, Regigigas, Regice, Regirock e Registeel são os únicos lendários não diretamente criados por Arceus. Mewtwo foi desenvolvido pelos humanos a partir do material genético (DNA) de Mew, para superá-lo. Phione é o filho de Manaphy é considerado como lendário, pois foi gerado por um, e os 4 Regis foram supostamente criados por Rayquaza.
Ainda existem as histórias contadas pelas plates de Sinnoh e na Canalave Library das versões Diamond and Pearl, que parecem integrar essa teoria com poucas variações.
Arceus começa a existir. Segundo o livro, no jogo, The Original Story (a história original), Arceus nasceu de um ovo em um vórtex de puro caos. Após seu nascimento, ele criou dois seres, o tempo (Dialga) e o espaço (Palkia), provenientes dele mesmo, criando o Universo, e depois mais três seres pokémon (Azelf, Uxie e Mesprit), o trio de pokémons psíquicos de lago.
As lendas dizem que esse trio místico nasceu do mesmo ovo. Enquanto Arceus cai em sono profundo, a matéria é criada pelos pokémons que ele criou. Dialga controla o tempo e Palkia o espaço.
Azelf, Uxie, e Mesprit; que respectivamente representam os poderes de Deus (judeu), onipotência, onisciência e onipresença; criaram o espírito. Uxie é referido como "The Being of Knowledge", pois dizem que a sabedoria que enriquece a vida humana foi trazida com seu nascimento. Mesprit é referido como "The Being of Emotion", pois ensinou aos humanos a sentirem emoções, como exemplo, a dor da tristeza e o valor da alegria. Azelf é referido como "The Being of Willpower", pois pode fazer as pessoas desistirem de uma atividade ou fazê-las tentarem essa atividade repetidamente. Dizem que foi Azelf que deu a força aos humanos e que ele mantém o equilíbrio do mundo.
Acredita-se que Giratina foi criada também por Arceus e que esse pokémon vive num mundo reverso ao nosso, na borda das dimensões, onde pokémons mortos habitam. Aparece em velhos cemitérios, com o papel de levar as almas para o mundo em que vive. Após sua criação, ela desaparece em uma dimensão alternativa.
De Arceus veio Mew, o qual seria seu ajudante na criação do universo e dos pokémons, de Dialga veio Celebi, o viajante do tempo e de Palkia veio Jirachi, a estrela dos desejos.
Ou seja, pokemon agora já possui uma religião própria, Arceus criou os pokemons e os humanos. Como poderiam eles se rebelar, entendam tentar capturar, seu criador?

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De volta do lixo

Eles tinham feito a obra toda de forma legalizada, mas haviam consumido as florestas e parte das montanhas no processo.

Até hoje não tenho certeza do porque “eles” fizeram aquilo. Ou do porque me pouparam.

Mas aconteceu já bem tarde, eu não trabalhava na obra, estava apenas de passagem por ela. Tropecei em um barranco e rolei até cair bem no meio de uma pilha de lixo. Só aí fui notar a quantidade de detritos que aquela obra produziu.

Lixo, restos de comida, tubos e concreto. Existia uma pilha enorme de tudo disso. Lembro de ter pensado que aquele era um processo natural da construção de um edifício. E, afinal, as obras já estavam bem adiantadas.

Mas algo aconteceu.

A pilha de lixo onde eu estava começou a tremer violentamente. Eu caí na parte mais baixa dela.

Então vi eles surgirem.

Acredito que eles não estavam lá antes, digo, eu conheço Trubbish e sei que eles gostam de lixo, mas esses brotaram do chão, como se o lixo tivesse ganho vida de uma hora pra outra. Aos montes, às centenas. Logo percebi que aquela não era uma reunião pokemon qualquer. Os olhos deles. Eles estavam furiosos.

A pilha enorme de entulho se transformou praticamente em montes desses pokemons, e surpreendentemente alguns começaram a evoluir para Garbodor bem na minha frente. O jeito que estavam me olhando. Por um segundo acreditei que era meu fim.

Mas me enganei. Eles me ignoraram. Seus olhares estavam fixos na obra, eu não estava preparado para o que vinha a seguir.

Eles começaram a destruir tudo. Atacaram as vigas, os pilares. As evoluções se concentravam e derrubar as partes maiores. Mas o pior foi o que aconteceu com os trabalhadores que estavam trabalhando lá até aquele horário.

Assisti aterrorizado eles serem mortos a mordidas e esmagados pelos punhos de concreto de Garbodor. Eles expeliam gases tóxicos e cuspiam ácido nos trabalhadores, que gritavam de dor. Até onde sei nenhum foi poupado. Mas eu não consegui olhar por muito tempo.


Percebi o que estava acontecendo e corri como nunca havia corrida na minha vida.
O edifício desabou. Os Trubbish e Garbodores nem tentaram fugir. Vi de longe eles serem soterrados junto com os trabalhadores. Só depois de algum tempo percebi que eles haviam aparecido justamente pra aquilo. Não tinham intenção de parar desde o início.
As vezes a natureza manda mensagens que passamos dos limites. Os pokemons evoluem com os anos e parecem querer dizer a nós que eles também... estão preparados para punir nossos excessos.

Parte 4:
http://creepyattic.blogspot.com.br/2013/01/quatro-creepypastas-curtas-de-pokemon-4.html

terça-feira, 26 de junho de 2012

Teddy

Minha irmã tem um ursinho de pelúcia, um assustador ursinho de pelúcia. Eu não sei porque, mas ele é assustador. Para mim, é muito perturbador. Aquela coisa tem olhos que parecem tão reais, é como se fossem feitos a partir de um urso de verdade, e sua expressão é tão vazia e inquietante.

Eu comecei a ter esse sentimento estranho quando minha irmã o ganhou. Ela era apenas um bebê na época, eu tinha cerca de 4 anos. Nós temos um cachorro que tem o hábito de comer as coisas, então minha mãe sempre o colocava no pequeno armário no canto do corredor, próximo as escadas. Cada vez que eu subia as escadas, eu sentia aqueles olhos me acompanhando, como se ele estivesse me observando. Esta não foi a pior parte. Ele começou a ficar realmente estranho cerca de 5 anos anos mais tarde. Quando minha irmã estava com 6-7 anos, ela perdeu o interesse no urso, então minha mãe o jogou no armário de brinquedos velhos. O único problema é que o armário ficava no MEU quarto.

Até então eu tinha 9 anos, idade suficiente para ficar na minha e ir para cama sem qualquer assistência. Por isso, toda noite eu ficava na minha cama com as luzes apagadas - isto é, antes daquilo acontecer. Eu estava ficando com sono, quando de repente me lembro da minha mãe ter posto o ursinho no armário. Lentamente me viro para olhar mais o meu quarto, quando o vejo através do vidro. Meu coração parou de bater devido ao horror que aquilo me causou. Mas como eu tinha 9 anos, queria crescer e perder os meus medos, então só voltei a colocar a cabeça no travesseiro. Levantei-me para puxar o meu lençol, quando eu percebi algo que me deixou com cicatrizes pra toda a vida: lá estava ele, no final do meu quarto, o ursinho de pelúcia. Meu coração acelerou outra vez, e eu me sentei, olhando para ele por cerca de um minuto. Quando eu precisei bocejar e fechar os olhos, ao abri-los para ver o ursinho, notei que ele estava sentado próximo a minha cama. Nesse ponto eu estava realmente assustado. Me voltei para as paredes, procurando o sinal de alguém, e quando olhei para trás, o ursinho estava na ponta da minha cama. Eu estava tão assustado que quase desmaiei de medo. Quando eu pisquei para ver, ele tinha ido embora. Eu olhei em volta e, para o meu alívio, não havia sinal dele.

Descansei minha cabeça no travesseiro, na esperança de dormir um pouco, quando eu abri meus olhos. Ele estava lá. Acima da minha cabeça, olhando diretamente para mim. Eu gritei quando ele se lançou em mim. Eu nunca vou ver um ursinho da mesma forma novamente. Algum tempo mais tarde, depois de anos de horror, eu o queimei. Tive satisfação de vê-lo se transformar em cinzas na minha lareira. Eu tenho vivido a minha juventude desde então. A única coisa que eu consigo me lembrar foi algo semelhante à minha má experiência assistindo Trainspotting, onde a droga da cena do bebê me chocou. Mas fora isso, estava tudo bem.
Agora estou com 19 anos e prestes a me mudar para minha nova casa. Finalmente com a chave em mãos, eu já estava pronto para arrumar a mobília. Depois de horas, levei a última caixa do caminhão para minha casa, fechei a porta da frente, fui para a cozinha e a coloquei sobre a mesa. Ao abri-la, me deparei com um armário. Então fui para sala e o coloquei em um canto. Olhei para ele e pensei comigo mesmo: "Não lembro de ter empacotado esse armário.", mas isso realmente não importa agora.

Eu caminhei de volta para a cozinha pegar a televisão e a trouxe para a sala, quando eu o vi... o ursinho estava sentado no canto, olhando para mim.

Garota da Foto

Em um dia na escola, um garoto chamado Bruno estava sentado em sua classe durante a aula de matemática. Faltavam seis minutos para a aula terminar. Enquanto ele fazia os exercícios, uma coisa chamou sua atenção.

A carteira dele era ao lado da janela, ele se virou e olhou para o pátio do lado de fora. Tinha algo que parecia uma foto jogada no chão. Quando a aula acabou, ele correu até o lugar que ele tinha visto a foto, ele correu o mais rápido que podia para que ninguém pegasse ela antes dele.

Ele pegou a foto e sorriu. Na foto havia a imagem da garota mais linda que ele tinha visto. Ela tinha um vestido apertado e uma sandália vermelha, seu cabelo era ondulado e sua mão direita tinha um sinal de "V" formado com os dedos indicador e médio.

Ela era tão linda que ele a quis conhecer, então ele percorreu toda a escola perguntado para todos que passavam se alguém já tinha visto aquela garota, mas todos respondiam "Não". Ele estava arrasado.

Quando chegou em casa, ele perguntou para sua irmã mais velha se ela a conhecia, mas infelizmente ela também disse "Não." Já era tarde, Bruno subiu as escadas, colocou a foto na cabeceira de sua cama e dormiu.

No meio da noite Bruno foi acordado por um barulho na janela. Era como uma unha batendo. Ele ficou com medo. Após as batidas ele ouviu uma risadinha. Ele viu uma sombra próxima a sua janela, então ele saiu da cama, andou até a janela, abriu e procurou pelo lugar que vinha a risada, não havia nada e a risada parou.

No dia seguinte ele foi perguntar para seus vizinhos se eles conheciam a garota.
Todos falaram "Desculpe, não.". Ele perguntou até mesmo para sua mãe assim que ela chegou em casa. Ela disse "Não.". Ele foi para o quarto, colocou a foto na cabeceira e dormiu.

Novamente ele foi acordado pelas batidas na janela. Ele pegou a foto e seguiu as risadinhas. Ele saiu, desceu as escadas, saiu de casa pela porta e foi atravessar a rua quando de repente foi atingido por um carro. Ele estava morto com a foto em suas mãos.
O motorista do carro saiu e tentou ajudar, mas era tarde demais. Depois o
motorista vê uma fotografia e a pega.


Ele vê uma linda garota com três dedos levantados.

As Flores


Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.

Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte.

Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.

Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.

A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.

sábado, 23 de junho de 2012

Ao Lado


De novo aquele pesadelo desgraçado.

Sonho que estou deitada na cama ao lado do meu marido, ele está embrulhado até a cabeça, como gosta de dormir, e eu fico olhando para sua forma no lençol.

Até que de repente começo a sentir que algo está muito errado com aquela forma. Eu tento sair lentamente da cama, mas nunca consigo a tempo. O lençol se abre e uma criatura salta gritando em minha direção. Os olhos vazios e cruéis. A boca aberta cheia de dentes pontudos.

Acordo tensa e suando muito. Olho para meu lado e lá está meu marido embrulhado ao meu lado.

Deito de novo me sentindo uma boba por ter tido aquele mesmo pesadelo de novo. Imagino quantas pessoas não passam por uma situação parecida, digo, quantas não acordam de noite e olham para o lado sem saber por que estão lá, porque estão deitadas ao lado daquela pessoa, imaginando o quanto a conhecem.

Mas algo se mexe novamente. Meus olhos se dilatam.

Eu já devia estar tentando sair da cama. M-mas não. Eu acabei de acordar, não posso estar sonhando.

- Amor, acordei você? Pergunto. Mas fico sem resposta.

Não tem graça nenhuma, estou cansada de sonhar com isso. Não tenho medo de um pesadelo estúpido.

Puxo o lençol dele.

Uma criatura branca e pálida terrível me encara. Os olhos vazios, a boca aberta em um sorriso. Suas mãos se movem em um borrão vermelho.

Não era um pesadelo.


:/

Pois é gente, muita vergonha aqui.

O blog ficou abandonada mais de um mês. Peço desculpas pelo desleixo, mas quem está próximo de mim sabe que eu estava enrolado com minha monografia.

Tentarei recuperar o tempo perdido e vou publicar muita coisa nova ao longo dessa semana para compensar.

O pior é que nas estatísticas eu publicando ou não o movimento continua o mesmo -_-

Depois de beber


Um homem chegou em casa tarde depois de uma noite bebendo com os amigos e cambaleou para dentro de casa.

Sua esposa o ouviu chegar e ajudou-o a deitar na cama. Na manhã seguinte, ela reclamou de seu comportamento e falou sobre como ela tinha ficado preocupada por ele chegar em casa naqueles estado de embriaguez.

Ele concordou que realmente na última noite tinha passado dos limites, tanto que não tinha memória das últimas horas que passou dirigindo, mas nunca tinha tido um problema antes.

A única coisa que o incomodava era a sensação de que estava esquecendo alguma coisa importante.

Quando ele saiu da garagem para ir trabalhar, sua esposa estava com uma cara furiosa na porta da frente a observar-lhe sair da garagem.

De repente ela começou a gritar histericamente. Vizinhos iam às janelas e começaram a gritar também.

O homem sem entender saiu do carro.

E gritou quando viu a cabeça retorcida de uma menina de aproximadamente 9 anos esmagada e ensanguentada na grade do carro.