quinta-feira, 15 de março de 2012

Poeira Vermelha

Meu nome é Bernard e trabalhei com mineração durante dezessete anos de minha vida. Deixei de exercer a profissão a pouco mais de dez anos, devido a um incidente com minha antiga equipe, onde sou o principal suspeito até os dias de hoje.

O que irei relatar aqui é a verdade, por mais bizarra que possa parecer.

Iríamos trabalhar em uma na mina de situação complicada, dizemos que é complicada por causa de dois fatores. Um era a profundidade da escavação, horizontal adentro da encosta de uma montanha.O outro fator era a poeira vermelha que se levantava nos túneis e dificultava a visão.

Toda a nossa equipe tinha sido trazida de fora, antigamente houveram trabalhadores da região, mas quando a escavação chegou a certa profundidade todos se recusaram a continuar o trabalho.

Alegavam que existia uma “criatura” que habitava as profundezas daquele terreno, uma espécie de inseto gigante ou alguma merda assim, e teria sido ela a causar uma série de acidentes anteriormente.

Nós éramos trabalhadores sérios e não iríamos recusar uma oferta boa de trabalho por causa de alguns boatos.

Desde a última vez onde os últimos trabalhadores voltaram e deixaram seu trabalho já haviam se passado três meses. Éramos uma equipe de seis pessoas que inicialmente iriam verificar a situação deixada e as condições e estabilidade da caverna. Levávamos equipamento de escavação.

Entramos na mina e gradativamente descemos até seus níveis mais profundos.
Ainda havia muita poeira vermelha em suspensão lá embaixo, o que era estranho pois as atividade haviam parado os três meses atrás e não havia corrente de vento. Infelizmente ignoramos isso.

Eu fiquei encarregado da iluminação, por isso ficava atrás dos outros cinco com uma lanterna. Infelizmente a poeira era tão densa que era impossível reconhecer o rosto de qualquer um, era possível distinguir somente os contornos dos corpos em meio a um oceano de poeira vermelha em suspensão.

Chagamos os fim da mina e aqueles que estavam a minha frente começaram a escavar a parede avermelhada, enquanto conversavam sobre as condições das vigas e coisas do tipo.

Bem, é aqui que as coisas aconteceram, sei que parece loucura, mas tudo que vou relatar realmente ocorreu dessa forma.

Eu era o último da equipe, estava atrás dos demais, mas não conseguia ver seus corpos com detalhes, a poeira vermelha não permitia, a meu ver eu estava iluminando apenas o contorno em movimentos de várias pessoas, não via nada em detalhes.

A certa altura da escavação meus olhos se encheram de terror. Havia alguma coisa errada ali e só eu estava vendo, devido a minha posição. Demorei alguns segundos para me tocar que deveria dizer aquilo a alguém.

- Evan, está me ouvindo? - Evan era meu colega antigo, e estava próximo da minha frente.

- Pode falar

- Quantas pessoas entraram na mina?

- Você e nós cinco, por que a pergunta?

- Quem é esse sexto homem do seu lado direito?

Evan e os outros estavam todos à minha frente,trabalhando  de costas para mim, mas havia os cinco e mais um contorno na poeira avermelhada na extremidade direita, Aterrorizado vi que este não estava de costas, era uma forma de homem e estava simplesmente parado ali, olhando em minha direção.

Evan não falou nada, parou de trabalhar e se virou em direção à forma em sua direita.

Senti o ar ficar pesado, como se todos tivessem prendido a respiração, entenderam a situação e pararam também, todos se viraram para aquela sombra, tentando ver algo.

Para o meu completo horror, vi o contorno do que seria a cabeça daquele homem se abrir em um som úmido, ao ponto de parecer uma cabeça oval e deformada indescritível, o que quer que aquela merda fosse, soltou um guincho agudo terrível, completamente inumano.

Todos nos gritamos, gritamos como nunca havíamos gritados. O pânico de estar naquelas profundidades com o que quer que aquilo fosse, tomou conta de todos e todos correram.

Eu estava mais longe deles e carregava a lanterna. Fugi, corri na direção de onde havíamos entrado. Tinha esperança que eles vissem minha luz à frente a corressem em direção dela, mas sabia a verdade, eles não conseguiriam me ver em meio aquela poeira . Não pensei neles, estava em pânico demais para pensar em algo. E fui o único a sair de dentro da caverna. Ninguém veio atrás de mim. Alguns dias depois encontraram os corpos dos outros cinco, mutilados dentro da caverna, pelo que pareciam grandes pinças. Não houve sinal da sexta “coisa” na caverna. Não sei se era um inseto gigante ou monstro, mas sei o que vi, e não era humano.

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